Sunday, October 01, 2006


Rio Branco é a capital do estado do Acre, na região Norte do Brasil. A cidade é a mais populosa do estado, concentrando mais da metade da sua população total. Além disso, foi um dos primeiros povoados a surgir nas margens do rio Acre. Conta a história que, em fins de 1882, numa pronunciada volta do rio Acre, uma frondosa árvore, a Gameleira, chamou a atenção de exploradores que subiam o rio e levou-os a abrir novos seringais ali mesmo. Rio Branco tem 305.731 habitantes, e Raimundo Angelim é seu atual prefeito.

A região, hoje conhecida como município de Rio Branco tem origem quando da chegada, na região do Acre, do seringalista Neutel Maia, em fins de 1882, juntamente com sua família e trabalhadores que trazia para a produção de borracha, onde fundou seu primeiro seringal à margem direita do rio Acre (onde hoje está localizada a árvore da gameleira), iniciando ali as construções de barracões e barracas &mdas; em terras antes ocupadas pelas tribos indígenas Aquiris, Canamaris e Maneteris — dando o nome de Seringal Volta da Empresa (onde hoje está localizado o chamado Segundo Distrito), por estar assentado onde o rio faz a curva. Em seguida, abriu outro seringal na margem esquerda do rio Acre, onde hoje está instalado o Palácio do Governo do Acre, com o nome de Seringal Empresa.

Depois de terminada a Revolução Acreana, após a assinatura do Tratado de Petrópolis em 17 de novembro de 1903, Cunha Matos, a mando do governo federal, chegou ao Acre em 18 de agosto de 1904, para governar, como prefeito, o Departamento do Alto Acre até 1905.

Cunha Matos escolheu para montar a sede de sua prefeitura, de forma provisória, na localidade povoada do seringal Volta da Empresa, à margem direita do rio Acre, no dia 19 de agosto de 1904, passando o local a ser chamado de Vila Rio Branco no dia 22 de agosto de 1904, onde hoje está localizado o Segundo Distrito da cidade de Rio Branco.

Em 13 de junho de 1909, o então prefeito do Departamento do Alto Acre, Coronel Gabino Besouro, mudou a sede da prefeitura para a margem esquerda do rio Acre, onde hoje funcionam os principais órgãos públicos como o Palácio do Governo, Tribunal de Justiça, Assembléia Legislativa e Palácio das Secretarias, nas terras do seringal Empresa, recebendo o nome de cidade de Penápolis, onde a terra era mais alta, não sujeita às alagações do rio Acre. Foi uma instalação definitiva.

Em 1910, o prefeito Leônidas Benício de Melo, assinou uma Resolução criando a cidade de Empresa, juntando a Vila Rio Branco (no Seringal Volta da Empresa, do lado direito do rio Acre) e a cidade de Penápolis (Seringal Empresa, do lado esquerdo do rio Acre).

Em fevereiro de 1911, o prefeito Deocleciano Coelho de Souza, adotou novamente o nome de cidade de Penápolis.

De forma definitiva, em 1912, os dois lados da cidade passam a se chamar cidade de Rio Branco.

Em 1920 passa a ser a capital do então Território do Acre.
Origem do nome
A capital ganhou este nome em homenagem ao diplomata Barão do Rio Branco, que junto com Assis Brasil e José Plácido de Castro, teve papel de destaque na Questão do Acre, que culminou com a assinatura do Tratado de Petrópolis, entre Brasil e Bolívia, tratado que garantiu a posse das terras do território do Acre e o direito da exploração da borracha nesta região para o Brasil.

Datas importantes
11 de agosto de 1910 - começa a funcionar a primeira agência dos Correios e Telégrafos.
11 de fevereiro de 1911 - instalação da Estação Radiotelegráfica.
13 de abril de 1916 - Rio Branco recebe sua primeira usina elétrica.
7 de setembro de 1917 - inauguração do primeiro serviço telefônico.
13 de abril de 1918 - inaugurado o primeiro hospital de Rio Branco chamado de “Santa Casa de Misericórdia do Acre”.

Geografia
A cidade é dividida em dois distritos pelo rio Acre.

Altitude: 136 m
Área: 9.233 km2
População: 305.731 habitantes, em 1 de Julho de 2005 (est. IBGE)
O município localiza-se na microrregião de Rio Branco, mesorregião do Vale do Acre. Limita-se ao norte com os municípios de Bujari e Porto Acre e com o Amazonas, ao sul com os municípios de Xapuri e Capixaba, a leste com o município de Senador Guiomard e a oeste com o município de Sena Madureira.

Relevo
Rio Branco situa-se em ambas as margens do Rio Acre, sua topografia à direita (na região hoje denominada pelo Segundo Distrito) formada por imensa planície de aluvião, enquanto que o solo na margem esquerda (onde fica o centro da cidade), caracteriza-se por sucessão de aclives suaves.

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Solo
Cerca de 90% dos sedimentos da Bacia do Acre são de idade terciária de origem continental fluvial, tendo sido estudados sob denominações diversas, como a Formação de Pebas Manaus, Puca e Rio Branco. Delas a mais conhecida é a Formação Solimões.

A Formação Solimões é composta por sedimentos típicos de planície de inundação, apresentando estratificações cruzadas, estrutura laminar em argilitos, siltitos acamados e em lentes, arenitos finos e grosseiros em lentes ou interditados com siltitos e argilitos, etc.

A análise feita pelo RADAMBRASIL folha de Rio Branco evidência a presença de cinco associações de solos que recobrem os arredores de Rio Branco:

Latossolo vermelho amarelo distrófico com características marcantes de óxido hidratados de ferro, alumínio e variável proporção de argila. São solos concrecionários lateríticos de textura argilosa;
Podzólico vermelho amarelo eutrófico, tem como sedimentos predominantes, argilitos, siltitos argilosos carbonatados. Não são hidromorfos, e são caracterizados por apresentar um horizonte B textual com frações argilosas;
Podzólico vermelho amarelo álico, são solos de profundidade média, bem arenado e com grau de estrutura fraca e moderada, na forma geralmente granular. Possui alto grau de acidez e presença de alumínio;
Solos hidromórficos gleyzados eutróficos e álicos, são desenvolvidos sobre sedimentos recentes (quaternário) de textura argilo-siltosa, com cores influenciadas pelo processo de redução do ferro e pela saturação com a umidade;
Solos hidromórficos gleyzados eutróficos, solos que foram originários a partir dos sedimentos da Formação Solimões no período plio-pleistoceno.

Clima
O clima varia de 22°c a 38° em dias mais quentes do ano,lembrando que está em uma altitudo de 132m, as noites sempre atige a menor temperatura podendo chegar nas madrugadas á 22°c. Em julho a agosto é a época mais quente do ano, chegando a 38°c, também com muita fumaça devido as queimadas de pasto que acaba prejudicando a saúde de muitas pessoas.

Hidrografia

O Rio Acre é atravessado atualmente por quatro pontes, a mais nova é a Ponte do Mercado
O Canal da Maternidade foi revitalizado com a construção de um parque que acompanha seu leitoNo comum, os rios e igarapés de Rio Branco são bastante sinuosos, escoando em estreitas planícies fluviais de deposição, com o regime fluviométrico obedecendo ao regime pluviométrico alternando assim períodos de cheias e vazantes. Os períodos de cheias apresentam, conforme intensidade das chuvas, enchentes de diferentes magnitudes. A formação geológica e geomorfológica são indicadores de rios de águas brancas, com grande concentração de material sólido em suspensão, oriundos dos processos hidroerosivo da corrente sobre as margens.

O Rio Acre, afluente direto do Rio Purus. Por sua extensão e pelo seu caudal, constitui-se no maior representante de drenagem nessa unidade. Tem uma dinâmica geomorfológica muito comum – o deslizamento das suas margens, o que está relacionado às variações de regime fluvial de cheias e vazantes. Este fenômeno ocorre, comumente, no período das enchentes. Quando as águas começam a baixar, a pressão hidrostática diminui e a água anteriormente retida nas margens é liberada. Com isso, o deslizamento que ocorre nas suas margens configura patamares desmoronados. Em Rio Branco estes contribuem para o assoreamento do leito normal do Rio Acre influenciando o regime e a extensão das cheias sazonais que caracterizam a inundação parcial das áreas urbanas da cidade.

O Igarapé São Francisco, com percurso de 115,6 km2 e densidade de drenagem de 1,37 km/km2, é de grande importância por ser, a exceção do Rio Acre, o principal coletor da bacia hidrográfica do sítio urbano de Rio Branco. Está bastante degradado devido o desmatamento de suas margens para a ocupação humana e também pela poluição de suas águas por estar servindo de depósito de lixo e esgoto a céu aberto.

O Igarapé Judia possui um percurso de 26 km, possui um escoamento de drenagem do tipo dentrítica. Encontra-se bastante poluído.

Canal da Maternidade: este encontra-se bastante poluído, por cortar a cidade é um grande coletor de aguas pluviais.

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