Sunday, October 01, 2006


Belém é a capital e também a maior cidade do estado do Pará, no norte do Brasil. Conhecida também como Cidade das Mangueiras (devido à quantidade de mangueiras encontradas em suas ruas), é o portão de entrada da região amazônica brasileira.
História
A região onde a cidade está situada era (há muitos anos atrás) originalmente habitada pelos índios Tupinambá.

Belém foi fundada no dia 12 de janeiro de 1616 pelo capitão Francisco Caldeira Castelo Branco que, enviado pela coroa portuguesa para defender o território contra as tentativas de conquista da França, Holanda e Inglaterra, ergueu o Forte do Presépio (hoje Forte do Castelo).

Inicialmente, a cidade foi chamada de Feliz Lusitânia. Depois ainda foi chamada de Santa Maria do Grão Pará bem como de Santa Maria de Belém do Grão Pará, até finalmente chegar à denominação atual de Belém.

Distanciada do resto do país e fortemente ligada a Portugal, Belém reconheceu a independência do Brasil apenas em 15 de agosto de 1823, quase um ano depois da declaração.

Entre os anos de 1835 e 1840 Belém é palco da Revolta dos Cabanos (Cabanagem), revolta considerada de participação mais autenticamente popular da história do país. A única onde a população realmente derrubou o governo local.

Com o crescimento da importância da borracha (Seringueira - Hevea brasiliensis), que gerou o chamado ciclo da borracha, entre o final do século XIX e começo do século XX, Belém atingiu grande importância comercial. Desta época datam construções como o Palácio Lauro Sodré, Colégio Gentil Bittencourt, Theatro da Paz (1878), Palácio Antônio Lemos e o Mercado do Ver-o-Peso (1901).

O Mercado do Ver-o-Peso, todo de ferro, foi construído em Londres e Nova Iorque e transportado aos pedaços para ser instalado no local.

"Não se imagina, no resto do Brasil, o que é a cidade de Belém", escrevia Euclides da Cunha ao conhecê-la no início do século. "Foi a maior surpresa de toda a viagem", concluiu depois de muitos elogios.

Nasceu sob a influência do Renascimento, que começava a dominar a Europa nos idos de 1616, quando ela foi fundada. Foi a primeira cidade brasileira a ter luz elétrica nas ruas, bonde e telefone.

Cidade das Mangueiras, cidade do cheiro-cheiroso, cidade das bandeiras vermelhas (assinalando os pontos de venda de açaí), cidade do Círio de Nazaré, da chuva diária que limpa as ruas e alivia o calor tropical, cidade de gente hospitaleira. Belém é uma festa para os olhos e para a alma
Religião
Com a maioria absoluta de católicos, possui a festa religiosa com a maior procissão da América Latina, o Círio de Nazaré, que acontece anualmente no segundo domingo de outubro e reúne cerca de 2 milhões de fiéis. Em Belém, observa-se também que a comunidade judaica é maior que a média nacional.

Mercados
Mercado de São Brás (1911): na Praça Floriano Peixoto, próximo à antiga Estação de Ferro de Bragança.
Mercado do Ver-o-Peso (1688): na área da Cidade Velha e diretamente às margens da Baía do Guajará, abastece a cidade com produtos alimentícios do interior paraense, fornecidos pricipalmente por via fluvial. O posto fiscal criado em 1688 no porto do Piri que, a partir de então foi popularmente denomindo lugar de Ver-o-Peso, deu origem ao nome do mercado, já que era obrigatório ver o peso das mercadorias que saiam ou chegavam à Amazônia, arrecadando-se os impostos correspondentes.

Monumentos
Estátua de Pedro Teixeira:
Memorial da Cabanagem:
Monumento ao Almirante Tamandaré:
Monumento joão Paulo Gaia
Teatros e museus
Museu das Onze Janelas: artistas brasileiros do século XX.
Museu de Arte de Belém: no Palácio Antônio Lemos.
Museu de Arte do CCBEU:
Museu de Gemas do Pará:
Museu do Forte:
Museu da Imagem e do Som - MIS:
Museu de Arte Sacra do Pará:
Museu do Círio:
Museu do Navegação:
Museu do Estado do Pará: no Palácio Lauro Sodré, exposições variadas com artistas contemporaneos.
Museu Paraense Emílio Goeldi: parque com fauna e flora da floresta amazônica, exposições antropológicas e de história natural, aquário.
Corveta-Museu Solimões:
Theatro da Paz: construido em 1874, mescla os estilos neoclássico e art-nouveau. Simboliza o fausto e a riqueza da época áurea da borracha e pode ser considerado um dos mais imponentes teatros do país.
Teatro Experimental Waldemar Henrique
Teatro Gabriel Hermes:
Teatro Margarida Schiwasappa
Teatro Maria Sylvia Nunes: Localizado na Estação das Docas
Teatro Estação Gasômetro: Localizado no Parque da Residência

Outras
Cidade Velha: conhecido como Centro Histórico de Belém, o local tem como característica principal a herança arquitetônica do período Brasil-Colônia.
Colégio Gentil Bittencourt:
Engenho Murucutu: Ruinas do antigo engenho de cana-de-açúcar construido no século XVIII. Destacando-se a Capela de Nossa Senhora da Conceição 1711, cuja obra seria atribuída a Antonio Giuseppi Landi.
Estação das Docas (2000): moderno complexo turístico e gastronômico construído a partir de três antigos galpões das docas de Belém (parte do Porto de Belém).
Estádio Olímpico do Pará (1978): conhecido como Mangueirão.
Forte do Castelo: marco da fundação de Belém, foi a primeira construção da cidade, em 1616. É uma fortaleza militar, denominado inicialmente de Forte do Presépio e construído, na confluência do Rio Guamá com a Baía do Guajará numa elevação de onde se vê todo o movimento da Baía.
Termos falados pelos paraenses
Égua: Expressão que pode ser empregada em razão de susto, espanto, admiração, encantamento, aborrecimento (ou seja, serve para quase tudo! Muito utilizada).
Pai D´égua (Expressão também comumente usada): coisa boa; legal.
Pitiú: cheiro desagradável de peixe ou de ovo.
Tijibu: pessoa gorda.
Carapanã: mosquito; pernilongo.
Canto: esquina.
Popopô: Embarcação típica da região amazônica movida a motor (que faz o barulho de onde provem o termo).
Ilharga: Ao lado de (algo).
Pontos turísticos
Ver-o-Peso: A maior feira livre da América Latina é também o símbolo de Belém e seu maior ponto turístico.
Estação das Docas: O que antes era um galpão fechado, que impedia que o belenense visse a baía do Guajará de perto, agora é um dos pontos turísticos mais visitados de Belém. A Estação das Docas foi inaugurada há 4 anos e, desde então, é um ponto obrigatório para quem passa pela cidade das mangueiras.
Theatro da Paz: Importante símbolo que relembra toda a riqueza que a Amazônia viveu na época da borracha, o teatro também retoma um período muito importante da história da cidade. Foi a partir de sua construção, que começou uma tímida urbanização, no que hoje é o atual centro de Belém.
Parque da Residência: Localizado na antiga residência oficial dos governadores paraenses, o Parque da Residência é um ícone de luxo e beleza na avenida Magalhães Barata, uma das principais de Belém.
Feliz Lusitânia: No final de 2002, Belém ganhou mais um complexo turístico: o Feliz Lusitânia, um projeto inserido no Complexo Urbanístico do Centro Histórico de Belém, que compreende o Forte do Castelo (antigo Forte do Presépio), o Museu de Arte Sacra (antigo Colégio Jesuíta de Santo Alexandre e Palácio Episcopal), o Palacete das Onze Janelas (antigo Hospital Militar) e anexos. Esses espaços representam o marco original da fundação de Belém, com edificações que remontam aos séculos XVII e XVIII.
Museu Paraense Emílio Goeldi: O parque do museu reúne cerca de 800 árvores típicas da região, como samaúma, acapu e cedro, e 600 espécies de animais, muitos deles ameaçados de extinção, como o peixe-boi, arara-azul, pirarucu, e a onça pintada. O parque conta ainda com um laboratório de mastozoologia ornitologia, herpetologia, ictiologia e entomologia, que estudam macacos, morcegos, peixes, roedores, cobras, anfíbios, lagartos, aves, crustáceos e diversas espécies de insetos.
Bosque Rodrigues Alves: O Bosque Rodrigues Alves ganhou status de Jardim Botânico em julho de 2002, com base na resolução 266 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
São José Liberto: O antigo presídio São José deu lugar em 2002 ao Pólo Joalheiro - Casa do Artesão. Atualmente, o espaço abriga o Museu de Gemas do Pará, o Pólo Joalheiro, uma capela, (onde há concertos de música sacra) e a Casa do Artesão. Um lugar bonito de se ver, com venda de artesanato, anfi-teatro, apresentações culturais e lanchonete. Certeza de uma boa visita.
Ver-o-Rio: É um pontos turístico bastante visitado, em Belém. Numa área de cinco mil metros quadrados de frente para a Baía do Guajará, o projeto alia contemplação à natureza com a praticidade na utilização do espaço urbano.
Teatro Waldemar Henrique: Espaço para apresentações de grupos experimentais da região, além de exposição de produtos que contam e fizeram parte do cenário teatral do Pará.
Palacete Bolonha: Obra construída pelo arquiteto Francisco Bolonha para a esposa, a pianista Alice Tem-Brink, em 1905. Do quarto andar do Palacete, há uma visão fantástica para a Baía do Guajará. Toda em estilo eclético, a construção tem elementos de art nouveau, neoclássicos, góticos e barrocos, como se pode ver no formato de agulha no alto do Palacete.
Praça da República: A Praça da República, pela sua amplitude, localização e monumentabilidade, é, sem favor, um dos espaços urbanos mais importantes da capital paraense. Contendo em sua vasta extensão, o Teatro da Paz, o Teatro Waldemar Henrique e o Serviço de Atividades Musicais da Universidade Federal do Pará.
Praça Batista Campos: Praça com coretos do século XIX. Foi construída na fase áurea da borracha e inaugurada em 1904, pelo então intendente Antônio Lemos. É considerada uma das mais belas praças do Brasil.
Mangal das Garças: um parque naturalístico com conceitos de áreas exemplares da vegetação do Pará, com cascata, lagos, palmeiras, gramado, viveiros de pássaros e de borboletas, e várias espécies aquáticas de fauna e flora. Quase toda a natureza do parque foi criada, os lagos são abastecidos com águas do rio Guamá. Há vegetação de várzea, de terra firme e de campos. A torre do Farol de Belém, com 47 metros de altura, é um dos atrativos do Mangal. A estrutura tem um elevador para transportar os visitantes a dois níveis de observação: no primeiro, já é possível uma ampla visão da Cidade Velha e do próprio parque, e no topo funciona o mirante de Belém, onde está instalado o farol.
Praça da República: A Praça da República foi construida no início do século XVIII. Chamava-se "largo da campina" e era um cemitério destinado aos escravos e pessoas sem recursos que eram enterradas em covas rasas. Ao ser construido ali um depósito de pólvora passou a ser conhecida como "largo da pólvora". Após a queda do império, foi construído um monumento alusivo à proclamação da república e ela passou a se chamar como é hoje.

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