
Boa Vista é a capital e o município mais populoso do estado brasileiro de Roraima. Concentrando aproximadamente dois terços dos roraimenses, situa-se na margem direita do Rio Branco. É a única capital brasileira localizada totalmente acima da linha do Equador.
Moderna, a cidade destaca-se entre as capitais da Região Norte do Brasil pelo traçado urbano organizado de forma radial, planejado pelo arquiteto Darci Aleixo Deregusson, lembrando um leque, em alusão às ruas de Paris, na França. Foi construído no governo do capitão Ene Garcez, o primeiro governador que Roraima teve. As principais avenidas da cidade convergem para a Praça do Centro Cívico, onde se concentram as sedes dos três poderes (Legislativo, Judiciário e Executivo). Além de pontos culturais (teatros e palácios), hotéis, bancos, correios e catedrais religiosas.
É uma cidade tipicamente administrativa e concentra todos os serviços estaduais.
História
O municipío de Boa Vista formou o primeiro povoamento caracteristicamente urbano do estado de Roraima.
O Forte São Joaquim (localizado à 32 km da capital), fundado em 1775, deu considerável importância à região.
Foi fundada no século XIX, 1830 pelo capitão Inácio Lopes de Magalhães. Originou-se de uma das inúmeras fazendas de gado situadas ao longo dos rios que copõem a bacia do Branco pertencente à então província "São José do Rio Negro", atual Amazonas.
Em 1858 a povoação foi elevada a categoria de vila, com o nome de Freguesia de Nossa Senhora do Carmo do Rio Branco e em 9 de julho de 1890 a freguesia foi elevada à categoria de sede de um novo município denominado Boa Vista do Rio Branco (criado pelo então governador amazonenese, Augusto Villeroy), que passou a presenciar um maior e mais veloz crescimento graças à construção da tão desejada BR-174 ligando-o a Manaus, a capital provincial (embora o seu crescimento exponencial só tenha se iniciado em meados de 1970).
Capital
Em plena a Segunda Guerra Mundial, em 1943, tornou-se a capital do recém-criado Território Federal do Rio Branco e experimentou seu surto de crescimento devido ao garimpo. O então Território Federal do Rio Branco foi elevado à categoria de estado e tempos depois passou a se chamar Território Federal de Roraima e, ainda depois, "Roraima". Mais tarde o garimpo com máquinas foi proibido (por demasiados danos à natureza), o que prejudicou a economia estadual e municipal.
Emancipações
Quando a cidade pertencia ao Amazonas, o território do município ocupava toda a área correspondente ao atual estado de Roraima. Posteriormente foi dividida em dois municípios, com o surgimento de Catrimani (que nunca fora instalado). Outros municípios foram sendo emancipados e Boa Vista passou a ocupar seu atual território.
Crescimento demográfico
No início, os indígenas eram os únicos habitantes. Desde meados de 1970), no entanto, Boa Vista tem uma das taxas de crescimento mais altas entre as capitais brasileiras, aproximadamente 3% por ano. Se antes o garimpo foi importante, atualmente o que mais atrai imigrantes são os empregos gerados por concursos públicos, por parte dos brasileiros, e, comércio em geral por parte de guianenses, venezuelanos, bolivianos etc.
Para caráter comparatório, em 1950 Boa Vista contava com aproximadamente 5.200 habitantes. Esse número foi multiplicado por 46,6 em apenas 55 anos, passando, em 2005 a ter cerca de 242 mil habitantes.
Arquitetura e urbanismo
Estilo neoclássico
As áreas mais antigas de Boa Vista (localizadas em especial às margens do rio Branco, no baixo Centro) possuem uma arquitetura característica do estilo do final do século XIX e início do século XX: o neoclássico, inspirado nas formas romanas e gregas da antigüidade. Um exemplo de obra pertencente à este estilo é a Prelazia. Foi construída em 1907 e funcionou como um hospital assistido por monges beneditinos, entre 1924 e 1944. Na década de 1950 (em 1950) tornou-se a sede do governo estadual.
Urbanismo
Boa Vista possui um moderno plano urbanístico. É uma cidade planejada, e no Centro é disposta em formato radial, dando a aparência de um leque. Este belo plano é considerado, por alguns, o mais harmonioso entre as capitas nortistas brasileiras
O primeiro prefeito do município foi João Capistrano da Silva Mota (mais conhecido como Coronel Mota). Os primeiros vereadores foram José Francisco Coelho e José Gonzaga de Souza Júnior.
Ottomar de Souza Pinto foi prefeito de 1996 a 2000. No período 2001-2004, a prefeitura foi ocupada por Maria Teresa S. S. Jucá, do PSDB, eleita com 44,37% dos 81.352 votos válidos, vencendo Ottomar de Souza Pinto (PTB), que obteve 29,96%. Foi reeleita, em 2004, pelo PPS.
Em 31 de março de 2006, Teresa Jucá renuncia ao seu mandato para se candidatar ao Senado. Seu vice, Iradilson Sampaio, assume.
Geografia
Boa Vista situa-se na porção centro-oriental do Estado, na microrregião de Boa Vista, mesorregião do Norte de Roraima.
Com uma área de 5.117,9 Km² (que corresponde à 2,54% do estado), limita-se com Pacaraima a norte, Normandia a nordeste, Bonfim a leste, Cantá a sudeste, Mucajaí a sudoeste, Alto Alegre a oeste e Amajari a noroeste. São áreas índigenas 1.447,35 Km² do município (o que corresponde à 25,33% do território total).
Clima
Ocorrem apenas duas estações bem definidas: o inverno e o verão; o outono e a primavera praticamente não são percebidos. Boa Vista se encontra na Zona Climática Tropical; seu clima é tropical úmido, Aw na classificação do clima de Köppen.
Sua precipitação média anual é de 1.750 mm.
A temperatura varia de 21ºC a 36,6ºC, sendo as mais baixas em julho. Sua temperatura média é de cerca de 27º C anuais, sendo de 75% sua média da umidade relativa do ar.
Relevo
É um município plano quase em sua totalidade, o que favorece seu status de organização. Apenas 10% de suas terras possuem uma pequena inclinação (inclusas as áreas de planície fluvial inundável).
Os principais solos encontrados em Boa Vista são:
Latossolo amarelo
Areia Quartzosa Hidromórfica
Litólicos
Latossolo Vermelho Escuro
Areia Quartzosa
Solos Hidromórficos Cinzentos
Latossolo Vermelho-Amarelo
Hidrografia
Os principais rios que compõem sua hidrografia são o Branco, Tacutu, Uraricoera, Amajari e Cauamé (que originou o nome de um bairro).
A bacia do rio Branco possui um regime hidrográfico (possui um período de cheia e outro de seca). No de cheia, dos meses de março a setembro, áreas situadas próximas à margem e à mata ciliar costumam ser alagadas (em especial a favela Beiral); no período de seca, as águas baixam, diminuindo a navegabilidade do baixo rio Branco.
Cultura
Banda em apresentação em um dos núcleos de rock.A cultura em Boa Vista é predominantemente indígena e nordestina.
Esse predomínio vai desde os gostos musicais (o forró é o gênero mais ouvido) até o artesanato.
No entanto, existem núcleos culturais, típicos das grandes métropoles do país, espalhados pela cidade, por iniciativa privada e pública; um núcleo de MPB, por exemplo, encontra-se na Orla Taumanam, à noite. Outro núcleo de rock e heavy metal há no Serviço Social do Comércio (SESC) - Roraima, onde ocorre mensalmente o Espaço Rock SESC, reunindo bandas e covers locais.
Turismo
Saída pela Plataforma 1 da Orla Taumanan, ao fundo o Monumento aos Pioneiros.
Vista da Plataforma 1 retirada da Plataforma 2.
Igreja de São Francisco.
Ultra-leve sobre o rio Branco.
Monumento da Pirâmide.O turismo ainda é mais freqüente no interior (o ecoturismo), mas na capital Boa Vista ele começa a se desenvolver.
Boa Vista tem ganho centenas de placas de sinalização turística. Também estão sendo implantadas plantas da cidade por praças e avenidas com suas melhores opções. O emplacamento segue os padrões internacionais.
Entre os pontos turísticos, destacam-se:
Orla Taumanan: espaço sobre o Rio Branco com lanchonetes, restaurantes, espaços para caminhada e descanso, todas as noites sucessos da MPB são tocados ao vivo gratuitamente. É bastante florida, ventilada e possui uma magnífica vista para o rio Branco.
Complexo Poliesportivo Ayrton Senna: ocupa várias quadras, possui lanchonetes, parques infantis, quadras de tênis, futebol de salão, futebol de areia, vôlei de praia, quadras de basquete e outros esportes.
Praça das Águas: possui fonte e águas com tons de cor diferentes que reagem com a sintonia da música que toca em caixas acústicas incluídas abaixo dos bancos (anexo ao Complexo Esportivo Ayrton Senna).
Portal do Milênio: monumento situado na Praça das Águas construído no fim do segundo milênio, é um belíssimo monumento e atrai muitas pessoas.
Centro de Artesanato, Turismo e Geração de Renda Velia Coutinho: um lugar para prestigiar e comprar o artesanato Roraimense (inclusive o Indígena), muito bonito e bem cuidado, o Complexo Turístico conta também com um espaço para shows e que toda noite oferece aulas gratuitas de ginástica. Possui também restaurantes e lanchonetes (anexo à Praça das Águas).
Praça das Artes: parte do Complexo de Praças da Avenida Ene Garcez, reúne espaços para comercialização de comidas regionais, venda de artesanato, palco para shows e lazer infantil.
Praça do Centro Cívico: "o coração da cidade", "o centro do Centro". Possui muitas árvores e vários quiosques comerciais, além de várias praças e quadras esportivas.
Monumento ao Garimpeiro: feito em homenagem aos garimpeiros que desenvolveram Roraima na época em que o garimpo com máquinas era permitido no estado. Fica na Praça do Centro Cívico, onde foi construída a primeira pista de pouso da cidade.
Catedral Cristo Redentor: possui uma moderna arquitetura, sendo um dos principais templos religiosos do município.
Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo: a primeira igreja do estado; está sendo restaurada.
Palácio da Cultura Nenê Macaggi: bonito e rico em cultura, lá se encontra a principal e maior biblioteca pública do estado.
Vila Olímpica: a Vila Olímpica fica num ponto estratégico da periferia. Com ginásios, quadras de diversos esportes como atletismo e futsal, é uma das mais modernas da região e é aberta ao público com aulas gratuitas.
Ginásio Totozão: principal ginásio do estado, possui quadra poliesportiva, grande arquibancada, piscina e campo de futebol.
Parque Anauá: maior parque da Região Norte brasileira, possui um moderno espaço coberto para shows, a maior pista de bicicross da região Norte, uma pista de kart, anfiteatro, museu, parques infantis, parque aquático público recém-reformado, espaço para aeromodelismo, restaurantes, lanchonetes, lago, fontes e escolas.
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