
Florianópolis é a capital do estado de Santa Catarina, Brasil. O nome refere-se a Floriano Peixoto, ex-presidente do Brasil na República Velha. Originalmente, a cidade tinha o nome de Desterro, em referência a Nossa Senhora do Desterro, sua padroeira. A mudança de nome seguiu-se ao fim da Revolução Federalista, em 1894, e ainda é considerada controvertida por parte dos habitantes da cidade.
Localiza-se no leste do estado de Santa Catarina e é banhada pelo Oceano Atlântico. Grande parte de Florianópolis (97,23%) está situada na Ilha de Santa Catarina, onde, somadas às continentais, existem cerca de 100 praias.

O hino do município é a canção Rancho de Amor à Ilha, composta pelo poeta Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho, em 1965. A canção foi oficializada como hino em 1968.
Primórdios
Os primeiros habitantes da região de Florianópolis foram os índios tupis-guaranis. Praticavam a agricultura, mas tinham na pesca e coleta de moluscos as atividades básicas para sua subsistência. Os indícios de sua presença encontram-se nos sambaquis e sítios arqueológicos cujos registros mais antigos datam de 4800 a.C.

Séculos XVI e XVII
Quadro de Victor Meirelles mostrando a cidade em meados do século XIXJá no início do século XVI, embarcações que demandavam a Bacia do Prata aportavam na Ilha de Santa Catarina para abastecer-se de água e víveres. Entretanto, somente por volta de 1675 é que o bandeirante Francisco Dias Velho, junto com sua família e agregados, dá início ao povoamento da ilha com a fundação de Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis) - segundo núcleo de povoamento mais antigo do estado, ainda fazendo parte da vila de Laguna - desempenhando importante papel político na colonização da região.
Século XVIII
A partir da vinda de Dias Velho intensifica-se o fluxo de paulistas e vicentistas, que ocupam vários outros pontos do litoral. Em 1726, Nossa Senhora do Desterro é elevada à categoria de vila, a partir de seu desmembramento de Laguna.
A ilha de Santa Catarina, por sua posição estratégica como vanguarda dos domínios portugueses no Brasil meridional, passa a ser ocupada militarmente a partir de 1737, quando começam a ser erigidas as fortalezas necessárias à defesa do seu território. Esse fato resultou num importante passo na ocupação da ilha.
Com a ocupação, prosperaram a agricultura e a indústria manufatureira de algodão e linho, permanecendo, ainda hoje, resquícios desse passado, no que se refere à confecção artesanal da farinha de mandioca e das rendas de bilro.
Nessa época, meados do século XVIII, verifica-se a implantação das "armações" para pesca da baleia, em Armação da Piedade (Governador Celso Ramos) e Armação do Pântano do Sul (Florianópolis), cujo óleo era comercializado pela Coroa fora de Santa Catarina, não trazendo benefício econômico à região.
Século XIX
No século XIX, Desterro foi elevada à categoria de cidade; tornou-se Capital da Província de Santa Catarina em 1823 e inaugurou um período de prosperidade, com o investimento de recursos federais. Projetaram-se a melhoria do porto e a construção de edifícios públicos, entre outras obras urbanas. A modernização política e a organização de atividades culturais também se destacaram, marcando inclusive os preparativos para a recepção ao Imperador D. Pedro II (1845). Em outubro desse ano, ancorada a embarcação imperial nos arredores da Ilha, D. Pedro permaneceu em solo catarinense por quase um mês. Nesse período, o Imperador dirigiu-se várias vezes à Igreja (hoje Catedral Arquidiocesana), passeou pelas ruas da Vila do Desterro e, na "Casa de Governo", concedeu "beija-mão".
Em 1891, quando o marechal Deodoro da Fonseca, por influência da Revolta da Armada, renunciou à presidência da recém-instituída república, o vice-presidente Floriano Peixoto assumiu o poder, mas não convocou eleições após isso, contrariando o prescrito na Constituição promulgada neste mesmo ano, fato que gerou duas revoltas: a 2ª Revolta da Armada (originária da Marinha, no Rio) e a Revolução Federalista (patrocinada por fazendeiros gaúchos). As duas insurreições chegaram ao Desterro com o apoio dos catarinenses. Entretanto, Floriano Peixoto conteve-as ao aprisionar seus líderes e, com isso, restaram no domínio da cidade tão-somente simpatizantes do presidente, que, em sua homenagem, deram à capital a denominação de Florianópolis, ou seja, "cidade de Floriano".
Também, no final do século XIX, em 1898, foi fundado um importante colégio pela Congregação das Irmãs da Divina Providência, o Colégio Coração de Jesus
Século XX
Ponte Hercílio Luz em imagem noturnaA cidade, desde o entrar do século XX, passou por profundas transformações. A construção civil fez-se um dos seus principais suportes econômicos. A implantação das redes básicas de energia elétrica, do sistema de fornecimento de água e da rede de esgotos somou-se à construção da Ponte Hercílio Luz, tudo a assinalar o processo de desenvolvimento urbano. Além disso, em 1943 foi anexada ao município a parte continental, antes pertencente à vizinha São José.
Ao final do século XX — nas três últimas décadas, principalmente —, a ilha experimentou singular afluência de novos moradores, iniciada com a transferência da sede da Eletrosul do Rio de Janeiro para o centro da ilha, com sede fixada no bairro Pantanal. Contruíram-se duas novas pontes ligando a ilha ao continente: a ponte Colombo Salles e a ponte Pedro Ivo Campos. Os bairros mais afastados da ilha também foram objeto de intensa urbanização. Surgiram novos bairros, tal como Jurerê Internacional, de alto nível socioeconômico, enquanto em alguns pontos começou uma ocupação desordenada, sem o devido zelo com respeito a obras de urbanização.
Inauguração da Ponte Hercílio Luz
Em uma chuvosa tarde, no dia 13 de maio de 1926, Florianópolis era agraciada com uma das construções mais importantes, hoje, ícone representativo da cidade e do estado de Santa Catarina. A ponte Hercílio Luz foi a primeira ligação terrestre entre a ilha e o continente. Seu idealizador, o Governador do Estado, Hercílio Pedro da Luz, infelizmente não foi capaz de vê-la pronta, pois faleceu pouco menos de cinco meses antes da inauguração. A ponte foi de fato um marco histórico, não só para a cidade ou para o estado, mas também para o Brasil e o mundo. Todo seu material foi trazido pelos norte-americanos, os engenheiros Robinson e Steinmann. O orçamento da construção na época foi de 5 milhões de dólares, valor que foi financiado por diversos bancos norte-americanos. Infelizmente, em 22 de janeiro de 1982 o DER/SC foi obrigado a fechar a ponte para qualquer tipo de tráfego devido às precárias condições em que a ponte estava. Porém em 15 de março de 1988 a Ponte Hercílio Luz foi reaberta somente ao tráfego de pedestres, bicicletas, motocicletas e veículos de tração animal. Em fevereiro de 1990, um relatório de análise de viabilidade da reabertura do tráfego da ponte foi apresentado pelo Cerne Engenharia e Projetos e Construtora Roca Ltda, o que acarretou em nova interditação em 4 de julho de 1991. A ponte ainda hoje permanece fechada, porém uma parceria entre a prefeitura e o governo do estado deram início a sua reforma no dia 13 de fevereiro de 2006.
Florianópolis é a capital do estado de Santa Catarina, Brasil. O nome refere-se a Floriano Peixoto, ex-presidente do Brasil na República Velha. Originalmente, a cidade tinha o nome de Desterro, em referência a Nossa Senhora do Desterro, sua padroeira. A mudança de nome seguiu-se ao fim da Revolução Federalista, em 1894, e ainda é considerada controvertida por parte dos habitantes da cidade.
Localiza-se no leste do estado de Santa Catarina e é banhada pelo Oceano Atlântico. Grande parte de Florianópolis (97,23%) está situada na Ilha de Santa Catarina, onde se situam mais de 100 praias.
O hino do município é a canção Rancho de Amor à Ilha, composta pelo poeta Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho, em 1965. A canção foi oficializada como hino em 1968.
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